
Boa tarde pessoal. Tenho dados de contagem de ácaros em função do tempo(8 tempos) e da cultivar(4 cultivares). Quando declaro o modelo NP1 <- glm (Y ~ T+C, family = poisson, data=dados) tenho a seguinte saída: Deviance Residuals: Min 1Q Median 3Q Max -5.7588 -1.0631 -0.0002 0.7864 4.7855 Coefficients: Estimate Std. Error z value Pr(>|z|) (Intercept) -1.718e+01 9.994e+02 -0.017 0.98628 T15 3.932e-09 1.413e+03 0.000 1.00000 T29 1.951e+01 9.994e+02 0.020 0.98442 T43 2.088e+01 9.994e+02 0.021 0.98333 T57 2.139e+01 9.994e+02 0.021 0.98292 T71 2.140e+01 9.994e+02 0.021 0.98291 T85 2.081e+01 9.994e+02 0.021 0.98339 T99 1.745e+01 9.994e+02 0.017 0.98607 C2 -1.468e-01 5.659e-02 -2.594 0.00950 ** C3 -1.433e-01 5.653e-02 -2.535 0.01123 * C4 -1.800e-01 5.710e-02 -3.152 0.00162 ** Pegunto: Não aparece o efeito da cultivar 1 (C1) e do tempo 0 (T0), por que isso ocorre? Como falar sobre o efeito desses dois fatores? Desde já agradeço. Ana Paula

Lá de modelos lineares tem-se que, por exemplo, com um fator de K níveis categóricos, pode-se estimar apenas K quantidades. Quando escrevemos o modelo, por exemplo, y = mu+alpha_i, i = 1,...,K, especificamos K+1 quantidades à serem estimadas (K alphas + mu). Mas não é possível estimar K+1 e sim apenas K. O que se faz é supor que algo, 1 no caso, é conhecido. O nome mais comum para isso é restrição paramétrica. O R assume por padrão que o nível i=1 tem alpha=0 (restrição zerar primeiro nível). Outros assumem que o nível i=K tem alpha=0 (restrição zerar último nível). Outros assumem que a soma dos alphas é zero (restrição soma zero). E existem outras restrições. Mu e alpha são portanto representadores genéricos e sua interpretação é dependente da parametrização (ou restrição paramétrica) adotada. Para resumir, essa saída não vai te dar nunca valores correspondentes à todos os níveis. Reflita e verá que têm pouca utilidade prática os efeitos (mu, alpha_1, alpha_2, etc). São úteis para testar hipóteses, tipo, todos os alphas são iguais à zero? Se forem eu não rejeito à hipótese nula do efeito de tratamentos, seja qual for a parametrização. Mas são as estimativas individuais que são interpretáveis (mu+alpha_1, mu+alpha_2, etc). E estas você calcula por fora, com a doBy::popMeans(), com a multcomp::glht() ou com operações matriciais apropriadas. E além das estimativas existe interesse em contrastes entre elas que saem basicamente da mesma forma. Outro ponto é que são estimativas na escala do preditor linear e não da resposta, existe uma função de ligação separando as coisas. À disposição. Walmes.
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ana paula coelho madeira
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walmes .