Olá Fernando!
He he, há um aforismo que encontrei num centro de pesquisa (Ames Research Center da NASA, nos anos noventas do séc. passado) « Fazendo perguntas, chegamos à Lua. », na IMNSHO, na verdade, obtendo as respostas corretas às perguntas que se chega a algum lugar, e em especial hodiernamente há uma prática em engenharia denominada "Elicitação de Requisitos".
Esta interação ilustra bem como o jogo de perguntar e responder melhora o entendimento do problema (aliás, há uma fantástica figurinha que explana bem isso citada pelo prof. Colombo (POLI-USP), mas para não divagar vamos aos específicos do seu problema.
Com esse aspecto melhor explicado, sem dúvida os casais passam a ser blocos, o que significa que o total de ovos que você tem dá oito mil ovos dos quais haveria que considerar a ciência da ictiologia da espécie em particular, dado que a forma como os ovos foram inseminados determina quais efetivamente poderiam eclodir, etc.
Outra coisa que pode ser relevante ou não é se os seus tratamentos foram fatores mesmo ou poderiam tratar-se duma variável (explicativa) nominal, ou ainda se se trata de exposições de "doses" de alguma substância onde os tratamentos poderiam ser considerados: ou ordinais, ou, eventualmente, escalares (a.k.a. "intervalar" nos manuais de Estatística mais clássicos).
Com esses números provavelmente a comparação das proporções seja uma alternativa adequada, mas não consigo ser assertivo, porque como a citação da frase de Fisher, estou tentando entender seu problema mais ou menos como o Diálogo da Caverna de Platão..., a análise estatística mais adequada é sempre ligada ao objetivo do experimento e obviamente a modelagem decorre de uma prévia teorização de como o processo que gerou os números funcionaria.
Em outras palavras a palavra "mortos" para mim parece-me uma má epistemologia, porque no meu jeito de ver as coisas nada que não nasceu pode "morrer". Entretanto, se o experimento acompanhou a eclosão, registrou esse número e acompanha a partir daí a vida dos alevinos (por isso obs em três e sete dias[?]), a análise de sobrevivência parece-me a mais defensável, ainda que, insisto, ela pode ser uma sofisticação que complique a análise se o objetivo for apenas identificar o desfecho mais favorável vis a vis os tratamentos, se for considerado o resultado após sete dias.
A blocagem (por casais) levaria em conta na modelagem o efeito da inseminação, imagino, mas de novo não tenho como ser assertivo porque os detalhes do experimento não me são suficientes para dar-me tranquilidade para esse julgamento.
HTH e boa sorte na sua análise.
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Cesar Rabak